Síndrome de empregado: falta ação, sobra reação
O modelo de emprego em vigor nas últimas décadas está entrando em extinção. Convém ao empregado saber ler e interpretar o ambiente externo, suas oportunidades e ameaças.
Por: Eduardo Zugaib
Será que você ou alguém que você conhece sofre desse mal? Num mundo onde cada vez falta mais emprego e cada vez sobra mais trabalho,
muita gente ainda busca o modelo "toma aqui minhas horas, dê cá o meu salário".
Brilho nos olhos, automotivação, resiliência, auto-superação, insatisfação positiva são fatores urgentes para quem hoje está atordoado por não ter percebido que o modelo de emprego em vigor nas últimas décadas está entrando em extinção.
Alguns sintomas revelam a Síndrome do Empregado. Um deles é a necessidade de se ter sempre alguém "marcando cerrado" para que a
produtividade esteja assegurada. A supervisão, natural nos primeiros anos de qualquer atividade profissional, quando não substituída por auto-
suficiência conforme o tempo avança, denota a síndrome. Dominar apenas parte do processo, sem se preocupar em ao menos conhecer o todo, também.
Para afastar a síndrome é preciso estar a par da dinâmica do mercado, do negócio em que se está envolvido, suas evoluções e involuções.
É preciso saber ler e interpretar o ambiente externo, suas oportunidades e ameaças.
Ser "empregado", no sentido patológico da palavra, é ser marcado não pela pró-atividade, mas pela reatividade. É falta de ação e excesso de reação, postura essa que mata a criatividade necessária para empreender mudanças, primeiro em nós mesmos e, consequentemente, no nosso trabalho.
O portador da síndrome espera que o ambiente mude, para que decida mudar e é capaz de passar uma vida inteira apenas "fazendo", sem aprender nada com isso. Mantém-se em movimento o tempo todo, porém nunca sai do lugar.
A falta de atenção a esses fatores faz a síndrome avançar para um estágio mais complicado, de difícil reversão: é quando o nível de comunicação torna-se limitado, tanto nas relações internas quanto externas à empresa, dificultando a formação de uma rede produtiva de relações, justamente aquela que costuma nos socorrer quando alguma força maior rompe nossa relação com a empresa.
A Síndrome de Empregado também tem, na sua origem, a existência de ambientes, sejam eles de ensino ou de trabalho, em que não se estimula o empreendedorismo. Porém, independente do ambiente, a decisão de se evitar contagiar por ela é igual a cartão de crédito: pessoal e intransferível.
Fonte: http://webinsider.com.br/2011/03/07/sindrome-de-empregado-falta-acao-sobra-reacao/
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